sábado, 19 de maio de 2012

EQUUS- SEMPRE EMOCIONA

OI CIBERAMIGOS

Era muito menina (na faixa dos 20) quando assisti a peça EQUUS, do autor inglês Peter Shaffer, pela primeira vez.
Nessa época, havia uma campanha de popularização do teatro e durante o mês de janeiro, então período de baixa temporada, comprávamos  ingressos a preços irrisórios em Kombis espalhadas pelo centro da cidade. As peças que durante o ano não tínhamos conseguido assistir estavam ali esperando por nós. Uma loucura! A promoção se encerrava com um grande espetáculo e foi assim que assisti, no Teatro Municipal, a peça EQUUS, com Paulo Autran, Karin Rodrigues e Ricardo Blat.
O texto  de  1973  que enfoca terrível episódio  envolvendo um rapaz de 17 anos e as sessões terapêuticas a que é submetido em busca  da explicação de seus atos e consequente  "cura",  recebeu agora nova montagem, com Elias Andreato no papel do psiquiatra  e Leonardo Miggiorin como o jovem perturbado.
Pra quem é fã de Harry Potter, foi esse o papel que   Daniel Radcliffe   encenou nos palcos londrinos  na tentativa de se descolar do adorável bruxinho.

No ultimo sábado, um pouco temerosa de ver o presente perder feio pro passado - o que é péssimo, pois não sou saudosista,  eu fui ao Teatro Folha, no Shopping Higienópolis, assistir à nova montagem de EQUUS e me emocionei.

Como um bom texto fala a todas as idades! Talvez viver entre a paixão e a sanidade seja o nosso grande desafio.

A montagem atual  encontrou soluções cenográficas muuuuito criativas.Consegue conciliar a sensação de aprisionamento e imobilidade  a uma movimentação frenética, bem ao gosto das " platéias video game" e as cenas de nudez são de extremo bom gosto.

Quanto aos atores, de início tive um pouco de dificuldade para entender a performance do Andreato (quando assistirem  vão perceber do que falo), mas na sequência tudo se encaixou e o Leonardo Miggiorin esta D+.

Gente, é um suuuuper programa.

Toque, fica para o Teatro Folha: que reforma foi essa?  não deu pra melhorar só um pouquinho a distância entre as fileiras?
A Dica é para o lugar do assento. Quando vou ao teatro adoro "coparticipar", ou seja, sentar na fileira A (meus amigos até reclamam do excesso de  "intimidade" com os artores ), mas nessa peça é bem interessante ficar próximo (fileira C ou D) para não perder as expressões e nuances de cada  atuação. Para o jantar, um restaurante próximo (Barão de Tatuí-302) e muito gostoso: Cosi.
A princípio, a peça ficará no Teatro Folha até 1/7. Não percam!

Byeeee
Logoff

Um comentário:

  1. Assisti a esta montagem só que no Rio era com o Ricardo Blat, Antonio Patiño, Monah Delacy, Betina Vianny.
    Inesquecível! Eu tinha 18 anos e assisti do próprio palco. Havia uma pequena arquibancada em cada lado do palco e os atores ficavam no centro como num teatro de arena.
    Parecia que éramos testemunhas de tudo que aconteceu no estábulo. Sensacional!

    ;)

    ResponderExcluir